sábado, 2 de agosto de 2008

Leis ou meras ilusões?

Mais uma vez entrei num banco para pagar a conta e lá se foram 25 minutos....Por lei, o tempo de espera não poderia passar de 15. Mas a população já está tão acostumada a casos como este, que nem liga mais. Esta é apenas mais uma das muitas leis que existe só no papel.
E nos leva a outro questionamento: o que adiantar fazer e aprovar leis, se não há como aplicá-las, como fiscalizá-las. Como dizia o meu avô, “querem fazer a gente de besta”. Esta é a impressão que fica: “Olha, vamos criar essa lei, mostrar para o povo que vai favorecê-lo e depois a gente esquece, deixa pra lá. Depois de um tempo, ninguém vai lembrar mais”.
No fundo, todas elas têm boas intenções – eu acho – mas acabam não trazendo o benefício tão propagado para o povo. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou este ano a maioridade. Por ele, o público infanto-juvenil tem direito a casa, comida, saúde e educação – direitos básicos de todo cidadão – mas andando pela ruas, é fácil ver o quanto estamos longe da tal realidade preconizada pelo documento.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é amplo e irrestrito para todos os brasileiros, tenham ou não planos particulares, mas me causa choque ouvir que o SUS não cobre este ou aquele procedimento. E aí, quem não tem condições de pagar, o que faz? Morre à mingua?....
Quer ver outro exemplo? Por lei, é proibido colocar nomes de pessoas vivas em ruas, logradouros e prédios públicos. Mas é o que mais vemos por todo o Estado. Se não há como fiscalizar, para quê então criar leis? Será que é para dizer apenas que os parlamentares, eleitos pelo povo para representá-lo, estão trabalhando? E cadê a moralidade?
Mas como a frase que ganhou status de celebridade e define bem a alma do povo deste nosso país imenso, “Eu sou brasileiro. Não desisto nunca”.