quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cadê a segurança no trânsito

Recentemente fui renovar a minha habilitação e como o Detran exige que o motorista participe de um curso de direção defensiva ou faça a prova escrita, resolvi rever o Código Nacional de Trânsito, para me preparar melhor para a segunda opção.
Para tanto, consultei uma Cartilha de Direção Defensiva, disponibilizada pelo Detran em seu site. Lá pelo meio da cartilha, achei uma parte que explicava sobre o embarque e desembarque de passageiros, que devem ser feitos sempre pelo lado direto, visando a segurança.
Uma simples orientação me chamou atenção e me fez pensar no Centro de Aracaju. Há alguns anos, precisamente na época da instalação do parquímetro. Em algumas ruas - podemos citar aqui as ruas Maruim e Itabaiana - as calçadas foram alargadas do lado direito e as vagas do parquímetro ficam do lado oposto. Ou seja, só dá para estacionar ou parar o veículo do lado esquerdo e aí o passageiro tem que descer para a rua, se arriscando em meio ao tráfego de veículos. É assim ou parar o carro do outro lado e atrapalhar o trânsito alguns segundos, só que se um guardinha vê, pode até rolar multa.
Será que na época em que foi feita toda essa reformulação, os engenheiros de trânsito não perceberam isso?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Minutos a mais para falar no celular

Aproveitando as tão propaladas promoções divulgadas pela operadoras de celular, fui trocar o meu aparelho por uma mais "moderno". Chegando lá, após preencher todos os protocolos, fui informada que ganharia, durante alguns meses, mais dois mil minutos - além dos que meu plano dá direito - para falar com número da mesma operadora. Fantástico, pensei comigo.
Mas qual não foi a minha surpresa, ao receber a conta no mês seguinte e verificar que tinha estourado simplesmente quase R$ 70. Indignada, liguei para a operadora, dizendo que havia algo errado, já que os minutos que tenho no plano, me contemplam plenamente.
E vejam a explicação: eu tenho sim os tais dois mil minutos a mais, mas eles só começam a ser contados, quando uso os 300 ao qual tenho direito pelo plano. Ou seja, a gente recebe a promoção, se emploga falando com pessoas que são da mesma operadora - este foi o meu caso - gasta a cota do plano, entra nos minutos da promoção e as ligações para outras operadoras e telefones fixos feitos a partir daí, começam a ser cobrados. Mas isso não me explicaram na hora de dizer que eu tinha os tais minutos a mais...
E qual a vantagem nesta promoção? Eu não vejo nenhuma. Ao meu ver, é mais uma armadilha para o consumidor. e confesso que não tenho muita paciência para recorrer aos órgãos de defesa. então, deixo aqui o alerta, para que outros não caiam na mesma armadilha.

sábado, 2 de agosto de 2008

Leis ou meras ilusões?

Mais uma vez entrei num banco para pagar a conta e lá se foram 25 minutos....Por lei, o tempo de espera não poderia passar de 15. Mas a população já está tão acostumada a casos como este, que nem liga mais. Esta é apenas mais uma das muitas leis que existe só no papel.
E nos leva a outro questionamento: o que adiantar fazer e aprovar leis, se não há como aplicá-las, como fiscalizá-las. Como dizia o meu avô, “querem fazer a gente de besta”. Esta é a impressão que fica: “Olha, vamos criar essa lei, mostrar para o povo que vai favorecê-lo e depois a gente esquece, deixa pra lá. Depois de um tempo, ninguém vai lembrar mais”.
No fundo, todas elas têm boas intenções – eu acho – mas acabam não trazendo o benefício tão propagado para o povo. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou este ano a maioridade. Por ele, o público infanto-juvenil tem direito a casa, comida, saúde e educação – direitos básicos de todo cidadão – mas andando pela ruas, é fácil ver o quanto estamos longe da tal realidade preconizada pelo documento.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é amplo e irrestrito para todos os brasileiros, tenham ou não planos particulares, mas me causa choque ouvir que o SUS não cobre este ou aquele procedimento. E aí, quem não tem condições de pagar, o que faz? Morre à mingua?....
Quer ver outro exemplo? Por lei, é proibido colocar nomes de pessoas vivas em ruas, logradouros e prédios públicos. Mas é o que mais vemos por todo o Estado. Se não há como fiscalizar, para quê então criar leis? Será que é para dizer apenas que os parlamentares, eleitos pelo povo para representá-lo, estão trabalhando? E cadê a moralidade?
Mas como a frase que ganhou status de celebridade e define bem a alma do povo deste nosso país imenso, “Eu sou brasileiro. Não desisto nunca”.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ser resiliente

Têm dias que parece até que estamos remando contra a maré. As coisas começam complicadas logo cedo e para dar andamento da agenda diária, é preciso um grande exercício de equilíbrio mental. Mas esta prática, apesar do grande esforço que fazemos, nos traz grandes ensinamentos. Costumo dizer que guardar raiva, afeta muito mais quem sente do que a pessoa alvo de tal sentimento.... Sendo assim, porque então se deixar sentir raiva, se só faz mal a nós mesmo.

A mesma coisa acontece quando nos deparamos com um problema. Não adianta cair em desespero, pois isso não trará uma solução. O melhor é respirar fundo, analisar a situação e ver quais as saídas que existem. Quer ver um exemplo: outro dia pensei que tivesse perdido o aparelho móvel que uso nos dentes superiores. Procurei por toda bolsa e nada. Já havia me conformado que iria ter que pagar para fazer outro e pronto. No dia seguinte eu o encontrei, dentro do único bolso da minha ‘nada grande’ bolsa onde não havia procurado.

Tirando em miúdos, manter a calma no dia anterior foi a melhor saída, pois poupei-me de ter um desgaste desnecessário – e olha que isso cansa e muito, a mente da gente.

E por aí vai. Os exemplos são muitos e fazem parte do nosso dia-a-dia. No trabalho mesmo, existem momentos que parece que o mundo vai desabar, que não vai dar tempo de fazer tudo o que temos e qual não é a surpresa que, a final de mais um dia, tudo deu certo, mesmo que com um pouco mais de trabalho, gastando a nossa energia mais que o habitual. Mas no final, se pararmos para fazer uma análise, com certeza alguma coisa de bom tiramos e aprendemos nestes dias de turbulência.

Esse poder de conseguir levar adiante o dia, mesmo com todas as adversidades e intempéries, recebe o nome de resiliência. Originária do latim “resilio”, que significa voltar ao estado natural. O conceito de resiliência para as ciências humanas é “a capacidade de um indivíduo em possuir uma conduta sã num ambiente insano, ou seja, a capacidade do indivíduo sobrepor-se e construir-se positivamente frente às adversidades”.

Que tal experimentar essa prática. Para as mulheres então, ela pode ser bastante proveitosa. Além do trabalho, tem casa, tem filhos e por mais que tenha empregada, o marido ajude, os filhos colaborem, sempre têm coisas que só a mulher sabe fazer, tem o seu toque especial. Sejamos então, resilientes!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Quando o tiro sai pela culatra

Há algum tempo o governo federal deflagrou uma verdadeira guerra contra as armas. Batizada de Campanha de Desarmamento, o projeto foi retomado no início deste ano, com o objetivo de reduzir as mortes por armas de fogo no país. O foco principal é arrecadar as armas da população.

De acordo com dados da pesquisa "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008", realizada pela Ritla (Rede de Informação Tecnológica Latino Americana), os números de mortes no país ainda são elevados. O estudo mostrou também que a violência invadiu os municípios do interior.

A campanha é válida, mas alguns pontos precisam ser repensados, a exemplo de intensificar os trabalhos no interior. Aqui é Sergipe, é comum encontradas nas casas interioranas – principalmente as que ficam fora da sede do município – uma espingarda pendurada na parede.

A arma, utilizada para caçar e dar segurança às famílias, vez por outra, acaba causando uma tragédia que, em muitos casos, têm crianças como vítimas fatais. Em menos de dois foram registrados dois fatos como este, tendo como pano de fundo povoados do interior sergipano.

O último deles aconteceu na tarde do dia 18 deste mês, na localidade Ilha do Ouro, em Porto da Folha. Uma criança de seis anos conseguir alcançar a espingarda do pai e brincando matou a irmã de quatro anos, enquanto os pais trabalhavam.

No dia 29 do mês passado, no povoado Olhos D’Água, em Arauá, Marcela de Jesus Santos, de seis anos, morreu vítima de um tiro de espingarda. Ela ficou sozinha em casa com uma prima e quando a mãe chegou estava ferida, com um tiro na testa. De acordo com a família, a arma fatal, a espingarda, ficava pendurada na parede da casa e as crianças pegaram para brincar.

Por muitas vezes o meu marido já quis comprar um revólver, um desse pequeno, de calibre 22, mas eu nunca quis. Sou aversa a arma, de qualquer tipo que seja. Sempre fui contra dar arma de brinquedo aos meus sobrinhos ou a qualquer outra criança, pois não vejo em que, tal atitude, seja educativa (...estimular lutas com espadas, tiroteios entre inimigos...).

Acompanhando as tragédias que acontecem no dia-a-dia, reforço ainda mais o meu ponto de vista de que arma em casa pode acabar causando mais uma, engrossando as estatísticas. A dor de uma família que passa por uma situação como as acima citadas é dupla: enfrentar a morte de uma criança e saber que ela poderia ser evitada, se não houvesse arma em casa ou ainda se a mesma estivesse guardada, longe do alcance dos pequenos.

Para ser contra a violência, é preciso começar a ter atitudes em casa. A minha é não ter arma, nem mesmo de brinquedo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Lei Seca: um cirurgião pode beber antes de operar?

A Lei Seca tem gerado polêmicas de todas as ordens. Alguns afirmam que é meramente para encher os cofres públicos com o dinheiro arrecadado dos infratores, afinal uma multa de R$ 955 ultrapassa dois salários mínimos. Outros já fazem um apelo emocional, garantindo que haverá demissões e mais demissões nos bares e restaurantes, onde a ingestão de bebida alcoólica rende bons lucros.
Os apelos e reações são os mais diversos. Mas quem já teve um parente, um amigo que morreu vítima de acidente ou atropelamento, porque "o motorista" estava embriagado, bem entende a importância da Lei Seca.
Bem traduzida, ela foi pelo médico imagenologista André Luiz Passos. Recentemente, durante entrevista numa emissora de TV fechada, ele foi indagado pelo apresentador sobre o que achava da Lei Seca. Ele respondeu com outra pergunta: - Quantos copos de cerveja um médico pode ingerir, sem problemas, antes de entrar numa sala para fazer cirurgia?
A resposta-pergunta dele fica para análise. Afinal, quem confiaria em um médico que bebeu antes de entrar numa cirurgia? Você submeteria um filho, pai, mãe, irmão ou outro parente qualquer, a um procedimento cirúrgico com um médico nestas condições?
A partir deste, podemos fazer outros questionamentos, tipo "Um pai contrataria um transporte escolar para seu filho, se soubesse que o motorista do mesmo tem o hábito de tomar uma geladinha, antes de fazer o transporte?
A lei é rigorosa e bastante genérica. Realmente não dá para fazer uma lei, analisando caso a caso. Alguns motoristas bebem e conseguem voltar para casa, com velocidade controlada. Mas existem os afoitos, que se tornam verdadeiros "valentões" à medida que ingerem mais e mais bebida alcoólica. E esses são os que provocam estragos, nem sempre fatais para ele, mas que deixam sérias mutilações e levam a óbitos pessoas inocentes. E o arrependimento não traz ninguém de volta à vida.