quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sou nordestina e não tolero discriminação

Estive recentemente em São Paulo e fiquei, vamos dizer, chateada com o tratamento de funcionários de uma empresa de viação aérea. Primeiro vi um senhor de 30 e poucos anos se dirigir a um deles quando estava passando pelos detectores de metais, querendo saber sobre a sua bagagem. Estrangeiro e falando espanhol, ele havia feito uma conexão.
Impaciente e de forma rude, o funcionário disse que não saberia informa sobre o paradeiro da bagagem do vôo anterior, mas somente daquele em que o senhor estava embarcando....E lá se vai a fila e o vamos, vamos, vamos logo.
Depois a grosseria de outra funcionária foi comigo. Passei as minhas coisas pelo raio X e do outro lado, esqueci de pegar o blazer, pois o mesmo havia enganchado na esteira. Já estava saindo quando escute ela perguntar de quem era o casaco. Me virei e disse que era meu.
Para a minha surpresa, escutei o seguinte comentário: - "Dona Maria, cuidado para não perder o casaco, dona Maria".
A frase deixou-me indignada. Nada contra o nome Maria (é o nome da minha mãe), mas sim contra a discriminação imposta na voz da funcionária. De bate pronto respondi: -"Dona Maria não minha senhora, Alexandra, meu nome é Alexandra".
Parece até que quem mora nas grande cidades do Sul são os donos do país... Sou nordestina, do menor Estado brasileiro e tenho orgulho de ter nascido nesta região onde a seca castiga, mas a chuva abençoa, onde podemos caminhar tranquilamente na areia das praias e tomar banho neste mar que chega manso ao nosso litoral.
Quanto à empresa, deveria treinar melhor seus funcionários. E aqui vai uma dica: fica bem mais elegante e politicamente correto o (a) funcionário (a) dizer: - "Minha senhora, cuidado para não perder o seu casaco"...

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