segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Incidência do câncer de próstata é maior entre a raça negra

Mostrar o que há de novo no tratamento do câncer de próstata, uma doença que lidera a lista de cânceres que acometem a população masculina, foi o objetivo da palestra promovida pelo Programa de Atualizações Onco Hematos, realizada na noite do dia 19 de novembro, no Radisson Hotel. O tema foi abordado pelo urologista do Hospital Sírio Libanês (SP), Marco Antônio Arap, para uma platéia de cerca de 100 pessoas, entre estudantes, médicos de diversas especialidades, além de nutricionistas, enfermeiros e fisioterapeutas.

De acordo com o palestrante, que é professor colaborador da University of Califonia San Francisco, professor assistente doutor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a incidência do câncer de próstata depende muito do lugar onde você estuda a população. “A gente sabe que indivíduos de raça negra, independente do lugar onde moram, têm uma incidência maior deste tipo de câncer. Já os indivíduos de raça amarela têm uma incidência menor e o caucasiano fica no meio dessas duas populações”, explica o especialista.

De um modo geral, no Brasil, a doença afeta atualmente de 50 a 100 mil homens, mas estes números, Marco Antônio Arap acredita que sejam sub-notificados. “Acreditamos que o número de casos seja bem maior, mas oficialmente são estes os dados que temos aqui no Brasil”.

Para detectar o câncer de próstata, segundo Marcos Antônio Arap, o que se recomenda é que todo paciente acima de 50 anos, ou acima de 40/45 anos, que tem parentes próximos já com câncer de próstata, faça um exame anual de toque e o PSA, que faz a dosagem do antígeno prostático específico. “Com isso você cobre a grande maioria dos tumores e o intervalo de um ano, é um bom espaço de tempo para fazer as avaliações”.

Tratamento
Quanto ao tratamento da doença, o urologista explica que existem centros, principalmente nas capitais do país, que têm total condição de fazer o tratamento de qualquer paciente com câncer de próstata. “É por isso que eventos como estes promovidos pela Clínica Onco Hematos são importantes, porque a gente consegue difundir o conhecimento, trazer o que há de novidades, que poderão certamente ajudar tanto aos médicos como às equipes que trabalham com esses pacientes”.

Marco Arap destacou ainda que a troca de conhecimento é bastante produtiva para quem escuta e também para quem faz as palestras. “Muitas das vezes que a gente vem fazer palestras e aprende muita coisa nova, jeitos diferentes de fazer a mesma cirurgia e também de tratamentos. É muito produtivo para o palestrante e os participantes”.

Promover eventos científicos em Sergipe é uma preocupação constante da Clínica Onco Hematos, que está completando 10 anos de atuação no Estado. "A nossa intenção é realizar em média, dois eventos como este a cada mês", informou o oncologista Nivaldo Farias, diretor científico da clínica. "Através destes eventos nós queremos nos confraternizar com os colegas e ao mesmo tempo trocar experiências e debater as descobertas e inovações no tratamento do câncer", ressaltou a médica Rossana Sales, da equipe Onco Hematos.

Próximo evento
O próximo encontro já está marcado para o dia 4 de dezembro, também no Radisson Hotel, quando será discutido "Tumores do sistema nervoso central". O palestrante será o doutor em neurologia e neurocirurgião no Hospital Sírio Libanês, Marcos Augusto Stávale. Profissionais e estudantes podem se inscrever gratuitamente, através do email atualizacoes@oncohematos.com.br.

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