quinta-feira, 10 de março de 2011

Política faz parte da nossa rotina diária

Não adianta dizer que somos anacéfalos políticos, pois a política faz parte das nossas vidas desde que nos entendemos como gente.

E essa prática começa bem cedo, desde os primeiros momentos em que, ainda crianças, exercitamos a boa convivência com os pequenos coleguinhas, sempre orientados pelos pais.

Quantas vezes um pai ou uma mãe virou para filho e disse: "Não faça isso com seu coleguinha", "Você tem que ter cuidado com crianças menores", "Não fale mal do seu amiguinho", "Não brigue com a sua amiguinha" e muitas outras frases parecidas e na mesma linha. Se pararmos para pensar isso nada mais é do que ensinar a arte da política, de forma pura e sem desvirtuamentos.

Já quando ficamos um pouquinho maior e vamos para a escola, somos orientados para conviver em harmonia com os coleguinhas, sem perder a nossa personalidade, é claro. Eu pelo menos fui e hoje faço isso com a minha filha. "Rafinha, não zombe do coleguinha", "Rafinha, é feio colocar apelido que deixe o amiguinho triste", "Rafinha, você pode ser amiga de todo mundo na escola" , "Rafinha, obedeça a professora", "Rafinha, hora de estudar é hora de estudar" e tantas outras que sempre digo a minha filha - mas nessa estrada é bom também reservar tempo para ouvir os pequenos.

E por aí vai. A política a gente aplica com os vizinhos, para ter uma boa convivência; no trabalho para não gerar intrigas; com os pais quando insistem em dar palpite nas nossas vidas, mesmo quando já não dependemos deles e por aí vai.

Exercer a política da cidadania é saber marcar o nosso espaço, respeitando o dos outros. Afinal o direito de uma pessoa acaba quando começa a da outra.

Por tudo isso, não dá para dizer que não somos "políticos", que não gostamos de "política". Essa é uma prática que faz parte do nosso exercício diário.

Esta é uma singela análise desta jornalista, que por muito tempo disse que não gostava de política, até entender que não tem como ignorá-la.

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