Mais um domingo está batendo à porta e com toda certeza (se não chover é claro) irei dar a minha caminhada na praia, lá pelas bandas do Banho Doce...A bica, depois de reformada, vai ficar uma beleza, com deck, dois quiosques para vender de coco e a fonte com quatro chuveiros.
O local merecia há tempos uma boa reforma e a prefeitura foi generosa no projeto. Quem frequenta o lugar, com toda certeza, vai agradecer (eu já estou fazendo isso desde agora).
Por lá ando desde que o ponto de ônibus mais próximo era no antigo Tropeiro, o calçadão da Atalaia só chegava até o posto dos bombeiros e na areia da praia ainda eram avistados restos de um navio que naufragou naquela área. Ia sempre aos domingos, logo cedo, com a minha saudosa avó. Herdei de D. Zinha o gosto pela praia.
Naquela época o local era deserto, frequentado por poucos. Depois foi se modernizando, ganhou calçadão e pista, facilitando o acesso ao Banho Doce. E por lá, há cerca de 15 anos, está o Gordo do coco. Ex-policial militar, ele chega cedo, empurrado o seu singelo carrinho e espalha por ali algumas poucas mesas, cadeiras e sombreiros. A simplicidade é a mesma desde o início, mas os amigos que fez ao longo dos anos são muitos.
Gordo sempre atende bem, com um sorriso e quando o movimento aumenta, fregueses mais antigos sempre o ajudam, graças a sua camaradagem. É tanto que o pessoal que frequenta o Banho Doce já está fazendo um abaixo-assinado, para garantir que ele tenha um dos quiosques que estão sendo feitos dentro do projeto de reforma da bica.
Nada mais justo, já que ele atende tão bem aos banhistas há uma década e meia. E acreditamos que, um prefeito que teve a sensibilidade de solicitar a elaboração de um belo projeto para aquele recanto, também tenha o mesmo senso e seja justo com quem já está lá há anos, servido tão bem aos banhistas. Nós apostamos que sim.
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