terça-feira, 10 de agosto de 2010

Lágrimas do amadurecimento


Hoje parei para lembrar da minha época de pré-adolescência e adolescência, dos amigos da rua São Cristóvão e ruas vizinhas...Huuummmm, as lembranças são muitas. De bons e maus momentos.

E naquela época, lá se vão mais de 20 anos, os problemas que eu enfrentava, para mim, tinham proporções faraônicas. O mundo parecia estar desabando sob minha cabeça. Geralmente chorava muito até acabar na sempre companheira "dor de cabeça".

E um adulto que chegasse perto para dizer que o que estava passando não era nada, que tudo ia acabar bem. Soava como se estivesse me dizendo que o meu "problema" não era nada demais.

Quando me lembro hoje dos melodramas que fazia, invariavelmente caio na gargalhada. Hummm, como queria que as situações difíceis que vez ou outra enfrento hoje fossem como àquelas de outrora....

Não quero desmerecer os problemas que os adolescentes passam, pois eles são pertinentes à idade e fazem parte do amadurecimento. Só relato aqui o que sentia e a análise que faço hoje. Se bem que tive uma boa infância e adolescência, não posso reclamar.

Tenho uma família maravilhosa, cheia de desentendimentos com qualquer uma, mas estamos juntos. Como meus pais se separaram quando eu tinha 5 anos, eu, meus irmão - Brito e Aninha (in memoriam) - e minha mãe fomos morar na casa de meus avós maternos. Eles foram, juntos com meus tios - Ana, Dinha e Emídio - importantes para a nossa formação.

Durante boa parte da minha vida, fiz parte do Movimento Focolare - era Gen 3 -, onde aprendi que ajudar ao próximo enche a nossa alma de alegria, afinal eu também posso ser o próximo de alguém. Hoje sou espírita, mas os ensinamentos cristãos me acompanham sempre.

Nunca me faltou casa nem comida, carinho e tudo mais. Mas o que é sofrer de "paixonite" na adolescência diante da responsabilidade de pagar as contas de casa, de criar um filho e educá-lo devidamente para o mundo.

3 comentários:

Iana Queiroz disse...

Adorei o texto! Vc como sempre.. tem uma palavra de consolo pra me dar!
você é demais, chefinha!

Reinaldo disse...

Sandra, sou Reinaldo. Não esqueço que nós (eu, vc, Brito e Aninha) erámos crianças e brincávamos na casa do meu padrinho Feitosa (im-memoriam) e madrinha "Dona" Ninha". O texto é maravilhoso, parabéns. Desejo toda a felicidade do mundo para vc. Um abraço e me visite em www.reinaldopassos.com. Abraços fraternos.

Alexandra Brito disse...

Reinaldo,
Claro que lembro de vc. Que bom ter notícias suas. Viu o outro texto falando de Pinhão? Acho que vc tb vai gostar.
Bjão.