sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tubarão na boca de peixe pequeno

Gente,

Estou pra lá de feliz. Hoje consegui resgatar alguns textos meus, que foram publicados no site no meu amigo Osmário Santos. Huummm, é tão bom escreve sobre momentos que passamos e vivemos. Hoje publico um dele, dedicado ao meu lindo sobrinho e afilhado Matheus, o mais velho de sete irmãos. Estou deixando ao lado a data da publicação, para que meus amigos se situem no tempo.

Espero que gostem.

PS.: Além de tia coruja, sou hoje mãe coruja também.

Publicado em 30/01/2002 15:50, em www.osmario.com.br

Sou uma tia extremamente coruja, principalmente com o meu sobrinho mais velho, Matheus, que mora comigo. Curto muito a sabedoria das crianças, que falam coisas sinceras, com muita ingenuidade. Ando com Matheus pra cima e pra baixo, desde que ele tinha três meses de idade. Com um ano ele já andava e falava muito, adorava então ir para o shopping e deixá-lo bem à vontade olhando tudo e mexendo, querendo saber, conhecer. Quando estava um pouquinho maior, com quatro anos de idade sempre arrastava ele para passear, fosse para onde fosse.

Um domingo à noite, como precisava ir num banco 24 horas sacar um dinheiro, coloquei ele no carro e saímos nós dois, a conversar, traçando planos – ele até hoje é companheirão -. Virei para ele e disse que, quando estivéssemos voltando para casa, iríamos passar numa sorveteria para , é lógico tomar sorvete.

E ouvi ele responder-me:
- É Dindinha (como me chama até hoje), acho que vovó não vai se incomodar, pois já estou quase bom da gripe.
E eu o respondi:
- Não, Deus me livre. Deixe o sorvete pra lá, senão a sua avó me engole.
A resposta dele não poderia ser mais ingênua:
- Oxente Dindinha, não tá vendo que a boca de vovó é pequena e não dá pra engolir você?
Até hoje, quando lembro-me de fato, fico rindo sozinha e vejo o quanto criança tem razão, afinal de contas, ele não era obrigado a saber, aos quatro anos de idade, que eu estava falando num sentido figurado.

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